Começou nessa quarta-feira (1), no Distrito Federal, e em mais 13 estados brasileiros, o vazio sanitário da soja. O período, que vai até 30 de setembro, é uma estratégia para o manejo da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
O objetivo do vazio sanitário é reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem-asiática, quebrando o ciclo do fungo, diminuindo a quantidade de esporos presentes no ambiente e atrasando a ocorrência da doença nas lavouras. Durante o período do vazio não pode haver plantas vivas de soja no campo.
“A ferrugem asiática é uma doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, sendo, hoje, uma das doenças que mais têm preocupado os produtores de soja. O seu principal dano é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, com consequente redução da produtividade. O nível de dano que a doença pode ocasionar depende do momento em que ela incide na cultura, das condições climáticas favoráveis à sua multiplicação, podendo causar perdas de até 70% da produtividade”, explicou o coordenador de Sanidade Vegetal (CSV) da Secretaria de Agricultura, Gilson Alves dos Santos.
Plantas ao lado de rodovias
O produtor também é responsável pelas plantas nas faixas de domínio de sua propriedade. Muitos produtores usam essa faixa para produzir, então, quem cultiva é responsável por cuidar da faixa de domínio.
Fiscalização
Todos os anos a Secretaria de Agricultura realiza fiscalizações em campo para garantir que o vazio está sendo cumprido e também para identificar aquelas plantas que, por um acaso, não foram eliminadas pelos produtores.
“No Brasil, as ações estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pelos órgãos estaduais de defesa agropecuária, têm se mostrado efetivas para redução do inoculo inicial do fungo, reduzindo os custos com controle químico durante o ciclo da cultura”, lembrou Gilson Alves.